Gritos do Silêncio

Nem sempre o desequilíbrio resoa, Nem sempre o louco GRITA! Nem sempre o desequilibrado é barulhento. A loucura é por vezes pacata.. Calma! Quieta, muito quieta. Calada, muito calada. Muda. Eterno silêncio... Dentro do Silêncio, mil sons! Dentro da loucura muita dor. Dentro da dor mil gritos, Gritos no silêncio, Da loucura calma, Do desequilíbrio calado, Tudo invisível e quieto.

ESTÔMAGO

É o estômago que revira agora... (à estas alturas que importa isso... Ou aquilo?) É a comida que alimenta a boca grande, Que come tanto que o estômago dói. Mas isto é depois: De engolir o mundo, De estar em frangalhos, De tanto obedecer, De tudo rejeitar. Não se sabe se é a boca grande, que come muito, Então o estômago dói muito, Ou se é o estômago que dói muito e, A boca grande come muito, Para o estômago não vir a doer. Ou a boca grande engoliu tanto e tudo que agora tudo dói muito!

Ana Acquesta

Ana Acquesta
Ana Acquesta