Fogo Ardente - Instinto, Amor, Paixão!

Fogo que arde! Fogo que queima. Da onde vem o fogo interior dos corpos frescos e humanos,quase totalmente água? Da onde vem este fogo que arde em meu ser e em todos os seres, intenso de paixão? Corroe a alma de urgências naturais, rudes e selvagens? Fogo humano, animal, sobrenatural? Da onde vem este fogo interior, feito brasas vivas que por fim ficam à derramar águas, suores, secreções alvas, vertidas em jatos de prazer viseral? Da onde vem afinal estas águas quentes que enfim apagam este fogo e nos coloca de estado de alerta, em secreto relaxo? Estas águas quentes de entranhas, produzidas e por fim derramadas dissolvidas em líquido fino, vertido ao final do ato.Águas puras, águas calmas, águas...águas ardentes, derramadas apressadamente e que escorrem vagarosas quando o fogo queima ao limite? Da onde afinal surgem estes espasmos de fogo, sublimes e animalescos? Seres primitivos... e ainda que não...sentem as águas cairem, jorrarem, escorrerem, quietas, lentas melodiosas,sem nenhum pudor.(E porque deveriam?) Seres humanos e seus desejos latentes à descoberto em febres contagiosas, e urros e gritos e gemidos, tal qual e diferentes do inferno. Sublimes enfermos corroidos pelo fogo, restando em brasas amenas, quase rosas, e depois em cinzas, satisfeitos, calados, largados, esparramados, extasiados depois do amor! Seres estranhos, criados pela Criatura que os fez deste modo, para vez ou outra queimarem em brasas, para sempre condenadas em qualquer caso acabarem em cinzas. Cinzas, apenas cinzas calmas, quietas, satisfeitas. Pó que ardeu intenso antes de ser apenas pó. Prova de existência humana, feita e criada, para ser fogo ardente, mesmo inconsequentes, e adormecer em cinzas mortas. Plenos, satisfeitos, em total estado de graça! Abençoados pelo criador da criação. Apenas seguindo os seus instintos e seus mistérios do que chamam de amor e vida. Fogo que por fim, ameniza a alma, acalma o espírito, e nos leva com certeza o mais perto possível do conceber, da existência, do gerar, das Divindades! Sublime sensação da paixão do amor humano. Fogo que nunca para de arder...e assim será sem mudar, por muito tempo, na nossa estória!

Ana Acquesta

Ana Acquesta
Ana Acquesta